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26 de novembro de 2018

Por que o Servidor Dedicado ainda é muito usado mesmo com a Cloud Computing

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Tempo de leitura: 8 minutos

A nuvem é uma realidade já há alguns anos. Ainda assim, muitas empresas continuam adotando um servidor dedicado. Por quê?

Podem existir situações em que um servidor dedicado seja mais recomendado do que consumir serviços na nuvem?

Neste artigo conheceremos algumas das justificativas que levam muitas empresas a continuar preferindo o uso de servidores dedicados. Acompanhe.

Opções de hosting

Quando uma empresa procura por um provedor que possa suprir suas necessidades de infraestrutura de TI, normalmente se depara com a opção por manter um servidor dedicado ou utilizar serviços na nuvem.

Um servidor dedicado fica reservado para uso exclusivo da empresa contratante.

Por outro lado, os serviços na nuvem fazem parte de uma ampla estrutura de compartilhamento de recursos entre diversas empresas.

Como desdobramento dessa diferença inicial, a forma como a empresa passa a lidar com esses recursos é completamente diferente entre um modelo e outro.

Assim, listamos a seguir alguns fatores importantes que diferenciam o servidor dedicado em relação aos serviços na nuvem.

#1. Custos

Para ter um servidor dedicado, a empresa paga pela disponibilidade de todos os seus recursos, sejam eles utilizados ou não.

Para o provedor, é um recurso “imobilizado”, que não pode ter outro destino, apenas ficar disponível para a empresa.

Na nuvem, a empresa usa recursos compartilhados. Os custos referentes a eles são rateados entre os que os utilizam.

Portanto, a empresa paga somente por aquilo que ela consome desses recursos.




#2. Disponibilidade

Aqui, a grande diferença surge quando ocorre uma falha no servidor.

Em nuvem, o provedor tem mais agilidade para restabelecer o ambiente. A rede conta com recursos para cobrir a falha.

Além disso, na nuvem a empresa não contrata o uso de um servidor específico (por exemplo, aquele que falhou).

A empresa contrata um serviço com garantia de disponibilidade. Assim, o próprio provedor se obriga a solucionar a falha.

Por outro lado, o servidor dedicado é mais problemático nessa situação.

Isso porque a falha está justamente no recurso que a empresa reservou para uso exclusivo. A retomada é mais demorada.

#3. Expansão da capacidade

Um servidor dedicado já vem devidamente dimensionado quanto às suas capacidades de armazenamento e de processamento.

Ao planejar sua infraestrutura de TI, caso a empresa tenha superdimensionado suas necessidades, ela certamente acabará pagando por recursos que ficarão ociosos ou subutilizados.

Por outro lado, um planejamento subdimensionado logo representará uma limitação para a empresa e será necessário negociar com o provedor uma expansão ou mesmo um novo servidor.

Por essas razões o planejamento da infraestrutura se faz essencial, não só em relação às necessidades atuais da empresa, mas já projetando cenários futuros.

Já os serviços na nuvem, pela sua própria estrutura, adequam-se naturalmente às necessidades da empresa que, por sua vez, arca com custos proporcionais à utilização que faz deles.

Há vantagens em optar por um servidor dedicado?

Com todas as vantagens oferecidas pelos serviços na nuvem, ainda sim há empresas que preferem manter um servidor dedicado. Algumas das razões alegadas para essa decisão são:

  • Maior proximidade (semelhança) entre o ambiente local de homologação e o ambiente de produção;
  • Ambiente menos complexo, com menor quantidade de SPoF (Single Point of Failure);
  • Possibilidade de um controle direto para as necessidades de armazenamento, permitindo o equilíbrio adequado entre desempenho (armazenamento SSD) e densidade (HD SAS).
  • Sensação de maior segurança proporcionada pelo isolamento do servidor dedicado.
  • Desempenho mais elevado, pelo fato de não haver compartilhamento de recursos. Empresas sensíveis à necessidade de desempenho tendem a optar por servidores dedicados.
  • Maior flexibilidade para configurar o ambiente de acordo com as necessidades específicas da empresa. Serviços na nuvem tendem a oferecer soluções mais padronizadas.
  • No caso de hospedagem de sites, a atribuição de IPs únicos e a velocidade no carregamento de páginas são dois fatores que podem contribuir para um melhor resultado nos rankings de busca.
  • Os custos com um servidor dedicado hoje já não são tão elevados quanto no passado.

Provedores e empresas contratantes certamente terão muitos argumentos para defender uma ou outra opção.

O importante é que a empresa tenha ciência quanto às opções que lhe são oferecidas e clareza quanto às suas reais necessidades.

Em caso de opção pelo servidor dedicado…

Caso a empresa opte por um servidor dedicado, é importante que ela tenha uma boa definição quanto aos requisitos a que este servidor deve atender.




Por exemplo, se desempenho foi um fator que pesou a favor da escolha de um servidor dedicado, a escolha do sistema de armazenamento também deve levá-lo em conta.

Entre um armazenamento SSD ou discos tradicionais (SAS ou SATA), faz mais sentido adotar a primeira opção.

Sem acionamento mecânico aos discos para leitura e gravação, os discos SSD são muito superiores em velocidade e consumo de energia, quando comparados aos discos rígidos tradicionais, ainda que estes usem tecnologia SAS.

Já os discos rígidos com tecnologia SATA são mais comuns em computadores pessoais, caseiros, não em servidores.

Mesmo o custo de um disco SSD sendo mais elevado, ainda mais considerando sua menor capacidade de armazenamento, seu desempenho é indiscutível.

Um último ponto: mesmo na opção por armazenamento SSD, é importante que seja verificado o uso de dispositivos SSD Enterprise, próprios para grandes servidores.

Formas de contratação de um servidor dedicado

Ao optar por um servidor dedicado, a empresa pode encontrar diferentes formas de fazer seu gerenciamento. Assim, podemos ter:

  • Servidores dedicados com hardware gerenciado: o provedor é responsável por garantir tudo o que diz respeito ao hardware (placas, discos, memória, etc.); a gestão do software fica a cargo da empresa contratante;
  • Servidores dedicados com software gerenciado: de modo inverso, o provedor se responsabiliza pela manutenção do software (sistema operacional, aplicativos, sites, gestão do espaço em disco,…); a empresa cuida do hardware;
  • Servidores dedicados totalmente gerenciados: o provedor fornece suporte para toda a infraestrutura de TI (hardware e software); a empresa contratante é apenas usuária dos recursos;
  • Servidores dedicados não gerenciados: o provedor apenas oferece o ambiente; toda a operação e manutenção ficam a cargo da empresa contratante.

A empresa pode ainda encontrar as opções de gerência ativa ou passiva.

Na gerência ativa, existe um monitoramento do servidor em tempo integral. As falhas são detectadas e corrigidas sem que a empresa precise intervir.

Já na gerência passiva, cabe à empresa detectar as falhas e comunicar ao provedor, que só então entra em ação.

Conclusão

Um servidor dedicado pode mesmo ser uma alternativa. Todas as questões aqui colocadas só reforçam a necessidade de que a empresa faça um planejamento bem embasado quanto às suas necessidades e expectativas em relação à infraestrutura de TI.

 
  

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