“Tempo é dinheiro”. Essa máxima do ditado popular ganha ainda mais veracidade no mundo corporativo. Ainda mais nos tempos atuais em que a demanda por rapidez e agilidade nas solicitações e respostas é cada vez maior. Nesse contexto, contar com um servidor lento é mais do que uma simples dor de cabeça, é uma fonte de prejuízos tanto produtivos, quanto financeiros.
Por isso, saber identificar quais são as causas da lentidão nos servidores da empresa é uma tarefa importantíssima do gestor de TI que é atento ao mundo dos negócios e todas as suas nuances.
Para te ajudar nessa tarefa, trouxemos no post de hoje 8 dos principais problemas que podem deixar o servidor lento. Acompanhe!
Confirma detalhes dos motivos que deixam o servidor lento e como evitá-lós:
Malwares
Os Malwares são um dos principais problemas que podem deixar um servidor lento. Alguns, como o Ransomware, por exemplo, infectam a máquina e passam a consumir toda a sua memória e capacidade de processamento. O que acaba gerando, além de vários outros problemas, demora nas respostas e execuções.
A solução para esse tipo de problema é relativamente simples. Desde que os Malwares não tenham infectado arquivos críticos do servidor, basta realizar uma varredura com softwares antivírus, fazendo uma limpeza completa de toda a máquina.
E para garantir que o servidor não seja infectado novamente, a equipe de TI deve adotar uma solução antivírus mais eficiente e que consiga barrar os Malwares antes da sua instalação e consequentes problemas que são causados.
Falta de memória RAM
A memória RAM é o item do servidor responsável por armazenar dados processados ou acessados a partir do disco rígido. Mas, diferentemente do HD, que armazena conteúdo de forma permanente, a memória RAM só faz a leitura dos arquivos quando requerido e de forma aleatória. Daí o seu nome em inglês: “Random Access Memory”, memória de acesso randômico.
Na prática, quanto mais memória RAM disponível no servidor, mais arquivos e conteúdos ela consegue acessar de uma única vez. O que acelera o processamento e a execução das tarefas necessárias.
Do contrário, se há pouca memória RAM disponível, o acesso aos arquivos fica restrito e pouquíssimas tarefas podem ser executadas de uma vez só. O que causa lentidão e às vezes até mesmo travamentos no servidor.
Mas o que fazer para resolver esse problema? A solução é fazer a instalação de mais módulos de memória RAM e mantê-la atualizada com as novas tecnologias que surgem. Assim, ela consegue suprir as novas demandas que também não param de aparecer a todo momento.
Baixa performance do HD
É no Disco Rígido que todos os arquivos, informações, pastas e bancos de dados estão armazenados. Qualquer tipo de problema nesse módulo gera lentidão nas respostas das solicitações de acesso dos arquivos. O que deixa o servidor lento.
Quando um usuário tenta acessar uma pasta, por exemplo, o HD precisa localizá-la e depois devolver o conteúdo ao usuário. Se a performance for baixa, o HD demora na procura pelo arquivo e consequentemente na resposta.
Esse tipo de problema é relativamente comum nas empresas e o gestor de TI deve ficar atento para que o desempenho do servidor não seja afetado. Averiguar periodicamente o status do HD, sua performance de leitura e escrita (IOPs ou Operações de entrada e saída por segundo) são algumas das ações que podem ser tomadas.
Outra questão que pode afetar a performance do HD é o superaquecimento do disco. Neste caso, é preciso fazer a instalação de um sistema de refrigeração adicional, como Coolers ou dissipadores.
É importante frisar também que um servidor lento é apenas um dos problemas que um HD com baixa performance pode causar. Questões muito maiores, como a perda de dados e queda drástica da produtividade da empresa, também podem aparecer.
O problema pode ser a escolha do disco incorreto, por exemplo, discos SATA para operação de bancos de dados. Saiba mais sobre as diferenças entre os tipos de discos rígidos aqui.
Baixa performance do processador
O processador é o cérebro do servidor. Ele é quem executa todas as tarefas e ações necessárias, além de ser o responsável por dar “vida” à máquina. Sendo assim, qualquer problema que afete o processador, consequentemente afeta todo o servidor.
E um dos principais problemas com o processador de um servidor é a adoção de um modelo inadequado às necessidades da empresa. Quando isso acontece, ele não consegue suprir a demanda que lhe é requerida e demora no feedback que é esperado.
Nesse caso, o gestor de TI precisa avaliar o investimento em um processador mais potente e adequado às suas exigências. Outra ação que pode ser tomada é a otimização do uso do processador para as tarefas mais urgentes.
Para isso, aplicações desnecessárias devem ser removidas e as funções devem ser customizadas de acordo com as demandas do sistema.
Tráfego elevado
Todo servidor tem limitações em sua capacidade de processamento e de envio e recebimento de dados.
Cria-se, portanto, um limite de requisições que podem ser atendidas ao mesmo tempo.
Não há como determinar a capacidade exata de um servidor porque ela depende de muitas variáveis, como:
- A própria configuração do servidor;
- O tipo de requisição que cada usuário está fazendo;
- O hardware acoplado (processador, armazenamento, memória, placa de rede, etc.).
Assim, o ideal é realizar um bom monitoramento e uma investigação quanto às causas da elevação do tráfego.
Um dos modos mais comuns de realização de ciberataques, por exemplo, se dá através da sobrecarga de requisições ao servidor.
Outra possibilidade é a de que usuários estejam fazendo uso inadequado (ou não previsto) de seus acessos.
Em última instância, pode ser mesmo que o servidor lento reflita a necessidade de seu redimensionamento.
Aqui entra o papel do planejamento, para assegurar que, tanto a capacidade do servidor quanto o potencial de tráfego sejam dimensionados de forma coerente.
Aplicações ineficientes
O software também pode ser o causador da percepção de servidor lento.
Nesse caso, um possível indicador é, por exemplo, o fato de o servidor apresentar lentidão apenas para uma determinada aplicação, mantendo um desempenho normal ao rodar outros softwares.
A questão se torna particularmente grave quando a aplicação que apresenta lentidão é justamente o “carro-chefe” da empresa, aquela que, em hipótese alguma, poderia ficar fora do ar ou apresentando baixo desempenho.
Para evitar essa situação, é fundamental que todo software a ser colocado em produção passe por um controle de qualidade.
O controle de qualidade deve assegurar que o software não só faça o que se espera dele, mas que seja eficiente nisso. Testes de estresse devem ser obrigatórios, principalmente para sistemas críticos.
Construindo aplicações mais eficientes
Além do controle de qualidade final, as equipes de desenvolvimento devem adotar diretrizes de melhores práticas em programação.
Assim, evita-se desde a origem a construção de programas que possam tornar um servidor lento.
Um acesso desnecessário ao banco de dados em uma transação, por exemplo, pode acarretar em elevada perda de desempenho, pelo simples fato dessa transação ser executada milhares ou milhões de vezes em uma sequência de processamento.
Outra fonte de problemas na codificação das aplicações pode estar no uso de ferramentas inadequadas.
Um exemplo é o uso de frameworks PHP no desenvolvimento de algumas aplicações.
Ao mesmo tempo em que agrega recursos muito úteis para o desenvolvimento da aplicação, um framework também pode sobrecarregá-la com outros recursos que sequer serão utilizados.
Essa sobrecarga torna a aplicação “pesada”, levando-a a consumir memória e processador de forma absolutamente desnecessária.
Hardware ultrapassado
Normalmente, um software traz algumas exigências mínimas de configuração de hardware para que possa ser executado de forma adequada.
Muitas empresas deixam de investir na atualização de seu hardware, seja porque ele “já” atende às exigências mínimas para processar as aplicações, seja por uma diretriz de redução de custos ou outra justificativa qualquer.
Porém, com essa medida, essas empresas podem deixar de usufruir de inúmeros benefícios, entre eles o melhor desempenho dos servidores.
Um exemplo seria o uso do armazenamento SSD com interface SAS, cujo desempenho é consideravelmente superior ao dos discos tradicionais e ao das interfaces SATA.
Sim, o armazenamento SSD tem um custo maior que o do disco tradicional, mas, se há um diagnóstico crítico de servidor lento, há que se medir não o custo isoladamente, mas a relação custo-benefício da escolha.
Superaquecimento também deixa o servidor lento
Outro vilão muito comum dos servidores é o superaquecimento. E por conta do calor, todos os módulos da máquina podem ser afetados.
Com isso a performance cai drasticamente e, em casos extremos, pode ocorrer a perda definitiva do servidor.
A solução para esse problema está na adoção de um sistema de refrigeração mais eficiente. E existem vários deles, cada um com características e funções próprias que devem ser avaliadas pela equipe de TI.
Além da instalação de Coolers adicionais, uma das opções é a instalação de um rack para servidor. Ele é uma ótima opção, pois proporciona um ambiente livre de poeira e otimiza o sistema de refrigeração. Além de possuir espaços exclusivos para a instalação de novos dissipadores e Coolers.
Outra possibilidade são soluções de refrigeração mais modernas disponíveis no mercado. Estas utilizam líquidos como óleo e água para garantir a dissipação do calor gerado pela máquina. Mas como são bem caras, são indicadas apenas para servidores pequenos, sem muita demanda.
Em ambientes de datacenter a solução deve ser adotada em todo o ambiente e no rack onde se localiza o servidor em questão.
Conclusão
Agora que você já sabe quais são os principais motivos de lentidão em servidores, basta fazer uma avaliação nas máquinas da sua empresa para identificar qual deles está causando problemas e assim resolvê-lo.
Além disso, é importante realizar também uma manutenção e configuração periódica em todos os componentes do servidor. Assim você economiza tempo e dinheiro, além de garantir que tudo está funcionando bem.
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