No mercado de computadores, os sistemas Windows e MacOS são referências para o público em geral e para as empresas. Por outro lado, utilizar Linux no ambiente corporativo traz algumas vantagens relevantes. Existem dezenas de distribuições disponíveis, sendo a maioria delas gratuitas. Atualmente, alguns dos sistemas Linux mais utilizados são: Ubuntu, Linux Mint, Fedora e Manjaro.
Antes de entrarmos nos porquês de utilizar Linux em uma empresa, é preciso compreender do que se trata essa tecnologia.
Primeiramente, o Linux em si não é um sistema operacional, mas um Kernel gratuito, ou seja, o sistema responsável pela comunicação entre o hardware e as aplicações executadas. Com isso em mãos, desenvolvedores utilizam o Kernel Linux para criar os seus próprios sistemas.
Então, além de ser gratuito, quais as vantagens de utilizar uma distribuição Linux em vez de um sistema proprietário, como Windows e MacOS? Bem, a resposta varia de acordo com a necessidade de cada empresa, mas existem pontos que interessam a todos. Vamos lá?
1. É gratuito
Diferentemente do Windows, no qual uma única licença supera os R$400, as distribuições Linux são oferecidas sem custos. Geralmente, ao fazer o download, uma doação é pedida, mas não é obrigatória. A compra de licenças de sistemas operacionais e softwares, como o pacote Microsoft Office, representa um custo bastante alto. Por isso, para as empresas, esse é um diferencial relevante.
2. É mais seguro
A principal vantagem de utilizar Linux é a segurança. Comparadas aos sistemas concorrentes, distribuições Linux são mais resistentes a vírus e malwares. Isso porque a grande maioria delas são direcionados a sistemas comerciais, ao mesmo tempo em que o Linux em si é desenvolvido e atualizado com frequência para evitar ameaças.
Vale lembrar que nenhum sistema é absolutamente seguro, mas distribuições Linux tendem a ser menos expostas a riscos. Por contar com milhares de distribuições, é muito difícil desenvolver vírus para esse tipo de sistema. Assim, os especialistas de TI das empresas têm menos problemas com vírus para resolver e mais tempo para se dedicar a outras tarefas.
Em 2017, por exemplo, o ransomware Wannacry causou prejuízos bilionários em grandes empresas que utilizavam versões desatualizadas do Windows. Se essas máquinas atacadas estivessem rodando Linux, o ataque não teria sucesso.
3. É open source
Os chamados programas open source são programas de código aberto. Ou seja, qualquer pessoa pode acessar o código fonte do software, o que resulta em um grau maior de transparência e confiança. Caso uma falha de segurança seja explorada para a difusão de malwares, a própria comunidade de usuários pode trabalhar nas correções e as liberar para outras pessoas.
Além disso, os fóruns voltados para distribuições Linux são bastante ativos, servindo para tirar dúvidas e discutir problemas. Assim, existem sempre pessoas trabalhando ativamente na manutenção do sistema.
Outro benefício é a transparência. Em softwares proprietários, é comum o armazenamento de dados privados dos usuários para uso em publicidade e outras finalidades. No Linux isso não acontece, já que o sistema é aberto e o seu funcionamento não é propriedade comercial de uma empresa.
4. Tem atualizações rápidas
Em sistemas comerciais, como Windows e MacOS, as atualizações costumam demorar e são liberadas poucas vezes ao ano. Em distribuições Linux, elas são disponibilizadas com frequência para solucionar bugs e bloquear possíveis ameaças de segurança. Assim, todos os pacotes dos sistemas estão sempre nas versões mais recentes e estáveis.
5. Conta com baixa exigência de hardware
Sistemas operacionais comerciais costumam ocupar um espaço considerável de disco. Por exemplo, o Windows 10 exige 20GB de espaço livre para a instalação, enquanto o MacOS Mojave requer 12,5GB. Além disso, ambos precisam de ao menos 2GB de RAM para rodar nos requisitos mínimos.
Distribuições Linux populares, como Ubuntu e Fedora, exigem hardwares semelhantes, mas existem opções bastante leves de sistemas operacionais. O Lubuntu, por exemplo, requer somente 120MB de RAM e 2GB de espaço em disco, além de rodar em processadores como Pentium II e Celeron.
Nos padrões de hoje, dificilmente você vai encontrar no mercado máquinas que não rodem o Windows 10 ou o Ubuntu com fluidez, mas para quem tem máquinas antigas essa é uma ótima solução.
6. É de fácil manutenção
A manutenção de computadores em uma empresa é uma tarefa complexa. Mesmo problemas óbvios podem gerar consequências financeiras indesejáveis.
No Linux, encontrar os problemas do sistema é mais fácil, uma vez que o terminal apresenta mensagens claras de erro. Mesmo que a inicialização gráfica do computador não seja possível, ainda assim pode-se acessar o modo texto para fazer o conserto.
7. É personalizável
Uma vantagem das distribuições Linux é a personalização. Por ser um sistema de código aberto, é possível alterar qualquer propriedade, da interface às opções de desempenho. Para empresas, por exemplo, é possível construir sistemas inteiros personalizados para atender a uma finalidade específica, com a remoção de softwares indesejados e a configuração otimizada para a sua demanda.
A personalização é uma questão tão relevante na comunidade Linux que existem grupos especializados para tratar desse assunto. Assim, os usuários podem deixar fluir a criatividade para mudar a aparência desse tipo de sistema operacional.
8. É fácil de utilizar
Durante muitos anos, foi repetida a ideia de que o Linux é um sistema de difícil utilização, restrito a usuários técnicos. Isso não é verdade. Hoje, distribuições inteiras são desenvolvidas para oferecer a mesma facilidade de uso dos sistemas comerciais. Mesmo softwares exclusivos para Windows e MacOS podem ser instalados em distribuições Linux com facilidade por meio do Wine.
Para empresas, o Linux oferece soluções completas para edição de texto, planilhas, edição de imagens e vídeos. Ou seja, mesmo que a transição para outros sistemas cause algum estranhamento no primeiro contato, não há perda de produtividade por conta deste sistema operacional.
9. É bom para servidores
Por fim, quando falamos de sistemas operacionais para servidores, o Linux tem vantagem. Serviços de nuvem, como os da Host One, Microsoft Azure e AWS, oferecem diferentes distribuições para instalação. Com o uso do programa Samba, esses servidores podem se comunicar com clientes Windows, em uma solução multiplataforma completa.
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